Jet Ski Yamaha Super Jet
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JET SKI YAMAHA WAVERUNNER VX700
JET SKI YAMAHA SUPER JET 700
JET SKI YAMAHA WAVERUNNER 650
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JET SKI YAMAHA WAVERUNNER GP1200R
JET SKI YAMAHA WAVERUNNER VX110 4 Tempos 1100
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JET-SKI KAWASAKI X-2 650
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Jet Ski Kawasaki 4 Tempos
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JET SKI KAWASAKI JS/SX/TS 650
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Seu nome completo é Carlos Augusto Morey Ourique, conhecido carinhosamente por “Scateninha”. Paulistano, 49 anos de idade e atualmente morando em Santos, é ex-artista de televisão e modelo fotográfico, campeão de tênis, multi-campeão de MotoCross e Jet-ski, além de empresário. Co-fundador e diretor comercial de produtos da Skatena Sports, ao lado de seu irmão e sócio Marcos. Como verão a seguir, sua vida e sua empresa podem ser resumidas por duas palavras: “Great Performances”.
Scateninha cresceu no bairro paulistano da Aclimação, conheceu e se apaixonou pelas motos aos 8 anos de idade. Naquela época, em 1968, chegavam ao Brasil as primeiras motos japonesas: Honda e Yamaha. Os 3 da família Ourique já faziam sucesso trabalhando em programas infantis, seriados de novelas, desfiles de moda e comercias. A grande paixão realmente floresceu quando Sérgio convenceu o Pai, o Capitão Médico do Exército, Dr. Francisco Ourique a alugar uma moto Honda 50cc hidramática (tipo Bizz). Locação de motos nos primórdios das Japonesas
no Brasil era comum e “legal”. Em uma das primeiras esquinas Sérgio saiu empinando a moto, pois com transmissão automática, a resposta era imediata. Os pais levaram um tremendo susto!Algum tempo depois o “Dr. Ourique” comprou uma Honda CB50 “cinquentinha”, preta e “Carlinhos”, irmão mais novo, se divertia na garupa do irmão. Poucos devem saber, mas neste mesmo período foi realizado – CLANDESTINAMENTE – no Parque da Aclimação (antigo Zoológico da cidade) uma prova tipo “Cross” com aquelas motos que nada tinham a ver com a modalidade. Foi uma loucura, pois a pista tinha seu traçado indicado tão somente por flechas brancas pintadas nas árvores. Neste dia caiu uma tremenda chuva, mas a prova aconteceu e a correria era grande, antes que a polícia chegasse. Quem ganhou a prova foi nada menos que o Antônio Herman, o “Tonico”, que era ídolo no bairro e hoje piloto de carros turismo (Maserati, etc) e conhecido executivo da área financeira.
Neste meio tempo, Carlinhos iniciou suas atividades esportivas no Tênis Clube Paulista onde ao lado de atletas da modalidade com renome nacional: Cássio Mota e Dácio Campos, praticou por alguns anos o Tênis, tendo conquistado o título de Campeão Paulista Interclubes.
Mas não iria demorar muito até que Carlinhos, em 1975 e então com 14 anos, convencesse o pai a lhe dar sua primeira moto, uma Suzuki TS 185. Na primeira aparição de Carlinhos na porta do clube com a “magrela”, ele desceu a escadaria que ligava a uma determinada rua à porta do Clube!Foi quando encontrou Artur Scatena, o velho “Tenente Scatena” do Surf de Ubatuba. Ele também era motociclista e fi gura popular no clube e na cidade. De imediato o Tenente disse ao Carlinhos (que tinha o apelido no clube de “Doriana” por ter feito a primeira propaganda de televisão de lançamento da margarina no país) exatamente assim: “E aí moleque, vamos comigo no Parque Ibirapuera? Vou te apresentar os pilotos Paulo “Paulé” Salvalágio, Carlos “Jacaré” Pavan, Valter “Tucano” Barchi e outras feras!” Na hora, “Doriana” não hesitou, aceitando o convite. Chegando ao Parque Ibirapuera, grande reduto dos motociclistas do País na época, Scatena foi logo dizendo a todos a respeito de seu convidado: “Ninguém põe a mão, é meu irmão!”
Não deu outra, a partir deste dia, o Carlinhos já não era mais o “Doriana” e sim o Scateninha, irmão do “louco” Scatena, surgiu aí o apelido.“Foi simplesmente um sonho, pois no parque freqüentavam nada menos que os maiores nomes do motociclismo nacional: os já citados acima além de Edson “Tche que Tché”, Wilson Yasuda, ramon Macaya, Quinho Caldas (proprietário da revista Moto), “Tuco”, Sansão, CláudioGirotto, Marcos “Lagartixa” Greco, Adalberto “Chupetinha” Ayres, roque Colman, Moacyr Gaya Jr., Claudinho Teixeira, Celso Bela e muitos outros. Era uma loucura, pois se fazia de tudo naquele parque, deste as loucas “paqueras” ao famoso “zerinho” no asfalto em frente à Bienal até circuitos de “cross” na grama e brincadeiras de “polícia e ladrão” com mais de 40 motos.”, comentou Carlinhos. Skateninha (com “k” mesmo) foi um dos poucos a ter a coragem de subir na garupa do “inacreditavelmente louco” Carlos “Jacaré” Pavan.
Daí em diante foi “um pulo só”. Scateninha rapidamente aprendeu os primeiros segredos da pilotagem e logo em sua prova de estréia no Motocross em Sorocaba (válida pelo Camp. Paulista de 1975) adaptou sua Suzuki TS185 e se inscreveu na categoria principal “Especial de 250cc”, vejam só! Seus concorrentes na corrida: Nivanor Bernardi, Neco, Mexicano, entre outros ídolos da época.
Scateninha levou alguns tombos e num deles foi ultrapassado pelo próprio “Niva” que minutos mais tarde nos boxes o chamou de longe e disse em voz alta e zelosamente: “Cuidado não entra no Bolo!” Foi ótimo, pois Scateninha seguindo o conselho do veterano, deixou todos largarem para depois ir passando, na “manha”, vários pilotos até fi nalizar a prova em 7º lugar.
Com seu estilo arrojado e grande talento para comunicação, não tinha difi culdades em encontrar logo no início, um bom número de fãs, assim como pessoas e empresas dispostas a apoiá-lo. Uma de suas habilidades era o relacionamento com a imprensa em geral, característica que, aliás, se mantém até hoje.
Após ter sido eleito “piloto revelação do ano” em 1977, partiu para 1978 como piloto da Equipe Buzzy Jeans (do grupo Staroup) que na época tinha como contratado ninguém menos que Nelson Piquet na fórmula “Super V”.
Ao final de 1978, Scateninha, após competir em uma etapa do Campeonato Latino Americano de Motocross em San Jose, no Uruguay, foi convidado pelo empresário e entusiasta do esporte, o Chileno Fernando Jothier, a competir no Chile, nas incríveis pistas de “Cerros de Chena”, Viscachas e Talca, tendo então a oportunidade de conhecer as Kawasaki KX. retornando ao Brasil, não demorou a se tornar o primeiro piloto a competir no MX com uma KX250, com a qual se tornou ainda mais conhecido.
Em 1979 foi contratado para correr pela Equipe Gledson / Coca- Cola / Transbrasil / Valvoline, ao lado de ronaldo Casanova e roberto Boetcher no Motocross, “Paulé” na Motovelocidade, Guaraná Menezes na “Super V” e Airton Senna no kart. Scateninha não se acomodou e sempre ciente da necessidade de se promover a fi m de obter novos e melhores patrocinadores, aprendeu com um amigo jornalista do Tênis, Marcelinho, a escrever sozinho releases jornalísticos sobre as etapas dos campeonatos Paulista e Brasileiro. Ele mesmo saía pela cidade de São Paulo com várias cópias dos referidos materiais, cada um acompanhado de uma foto pilotando a sua Kawasaki, a bater nas portas dosprincipais jornais da cidade onde ao se apresentar aos responsáveis das áreas de esporte, estes se surpreendiam ao observarem a atitude pró ativa e esforçada do atleta. Era “tiro na certa”, pois sempre no dia seguinte Scateninha estava nos principais jornais da cidade e do país.
Assim, em 1980, não foi difícil para ele e seu amigo - também piloto - Marcelo Scarano, conseguirem o patrocínio da Staroup Jeans. Foi uma equipe que fez um tremendo sucesso na época e deu a Scateninha a oportunidade de ter sido o primeiro piloto a “chegar junto” do fantástico trio campeão, composto por Nivanor Bernardi (o “Touro do Paraná), roberto Boetcher e Pedro Bernardo raymundo, o Moronguinho, multi-campeões Paulistas, Brasileiros e Latino Americanos de motocross.
Na Staroup, que tinha um excelente departamento de marketing e promoções, Scateninha pode conviver com qualificados profissionais da área e entender a importância de um piloto conhecer as necessidades dos patrocinadores e os resultados em retorno publicitário que estes almejam. Todas as terças-feiras participava do programa esportivo de rádio: “Globo Balancê” dirigido pelos jornalistas Osmar Santos e Juarez Gonçalves.
Foi então que bolaram junto com Scarano e o então assistente de marketing da Staroup, Ernesto o “Magrão” um tipo de show de rua onde – com a participação de apresentadores e animadores – usando algumas rampas projetadas e construídas em madeira, se apresentavam sempre em frente de lojas revendedoras ofi ciais e exclusivas da marca Staroup. Está aí, guardadas as devidas proporções, o ponto de partida das apresentações de Free-Style no Brasil.
Invariavelmente convidavam, sempre com a oportuna oferta de um cachê, outros pilotos amigos do MotoCross a participar destes “shows” como, por exemplo, “Paraguaio” que estava em seu começo de carreira, o irmão de Scateninha, Marcos, Cláudio Teixeira, Álvaro Federighi, dentre outros.
Na grande maioria das etapas do Paulista do ano de 1980, estes shows aconteceram nas cidades sedes dos eventos, e o profi ssionalismo da dupla era tamanho que costumavam chegar nestas cidades com antecedência de dias a fi m de percorrer os jornais, rádios e emissoras de televisão sempre com o objetivo de divulgarem o seu trabalho e eventos dos quais iriam participar e obterem, consequentemente, o maior retorno publicitário possível e garantir assim as suas posições! Era um grande sucesso e Scateninha lembra-se como se fosse hoje que o então gerente de marketing Athila Sarkozi batia em suas costas extremamente feliz e afi rmava que queria investir mais no piloto, e de fato o cumpria! “Observo carência de profi ssionalismo e visão nos dias de hoje e consequentemente acabam faltando também inúmeras e potenciais empresas de fora do segmento pré-dispostas em investir, já que invariavelmente o retorno publicitário sobre o investimento se torna muito limitado”comenta Scateninha.
Ele consagrou-se campeão Paulista de Motocross e “piloto revelação do ano” em 1977 na categoria 125cc com Yamaha. Em 1979 com Kawasaki e em 1980, com Suzuki, foi Campeão Paulista e Vice-Brasileiro na 250cc. Foi também vencedor da Copa Internacional Yamaha, competição que reuniu pilotos de toda a América Latina e do Japonês Kazutoshi Iwao. Scateninha participou também de provas internacionais na Venezuela, Costa-rica e nos EUA.
Em sua carreira conquistou muitos amigos, como os mineiros Geraldo Starling, Jorge Balbi, Piqueta, João Maurício além do carioca Fausto Macieira, Augusto Hadock Lobo, Chaveta e do paulista roque Colman que por muitas vezes o ajudou.
Ainda em 1980, na época correndo de Yamaha, Skateninha e Marcelo Scarano fi caram sabendo que o Penta-Campeão Mundial de MX roger De Coster havia sido contratado pela Honda e tinha trabalhado no projeto de criação das Cr´s, que tinham inovações como radiador de água e uma ciclística vitoriosa. Com o seu mesmo espírito de vanguarda, decidiram procurar a Honda Motor do Brasil a fi m de propor a participação na equipe Staroup de MotoCross. Foram então cordialmente recebidos pelos responsáveis do departamento de promoções da empresa na época, que se surpreenderam com a informação. Foi a partir desta iniciativa de Scateninha e Marcelo Scarano que a Honda despertou o interesse em entrar nas competições de MotoCross, formando então uma equipe de destaque, composta por Marcelo Scarano, Moronguinho e Scateninha. Portanto, Scateninha se orgulha em ter sido como que o “primeiro piloto” de motocross da Honda do Brasil.
“Scateninha tinha um desejo de viver nos EUA e trabalhar
na indústria de esportes a motor, para se
aperfeiçoar no desenvolvimento de roupas e
equipamentos de MotoCross”Com a Honda, Scateninha conquistou vitórias no Campeonato Brasileiro de 1981, tendo o seu contrato renovado em 1982 quando, infelizmente, um acidente no início da temporada causou uma grave lesão em seu joelho direito tirando-o do circuito por quase toda a temporada e abrindo caminho a outro importante e muito querido piloto revelação da época, o Hiton “Paraibinha” Veloso Cavalcanti.
Em 1983, novamente pela equipe Staroup, Scateninha retornou às motocicletas Kawasaki: KX 125 e 250, agora as primeiras a serem equipadas com freio a disco na dianteira. Neste mesmo ano, outro acidente no início da temporada, na etapa do Paulista em Tietê/SP, o tirou das pistas por toda a temporada. Foi quando ele se associou aos colegas Cláudio Teixeira e ricardo Widmanski, então sócios-proprietários da WT Equipamentos: a primeira empresa a fabricar roupas de MotoCross no país, criando a loja CrC (Cláudio, ricardo e Carlos), a qual posteriormente foi vendida para Pedro Faus, transformando-a na Amparo racing Shop. Esta, por sua vez, deu origem à Equipe Holywood e abriu as portas no Brasil aos pilotos Americanos de MotoCross rodney Smith, Kenny Keylon, Danny Storbeck e Ginny Fireball e ao Espanhol Jordi Elias, aos Brasileiros Negreti, Saçaki e no exterior para o nosso querido e grande campeão Alexandre Barros, assim como para tantos outros profissionais do ramo como por exemplo; Maurinho “RM racing” e seu ex-sócio e falecido “Mané” pai do querido Cauê, Marcelo “Tchello Brandão” (este posteriormente fez história no Jet-ski e hoje é nada menos que Presidente da Federação Mundial de Jet Waves), para o mecânico Nicola, o Espanhol “Pera” e para muitos outros.Scateninha tinha um desejo de viver nos EUA e trabalhar na indústria de esportes a motor, para se aperfeiçoar no desenvolvimento de roupas e equipamentos de MotoCross. Mudou-se para San Diego, na Califórnia e foi trabalhar na JT racing. Teve então a honra de manufaturar, ele mesmo, equipamentos customizados para os grandes pilotos do MotoCross Americano como; ron Lechien, David Bailey, Broc Glove entre outros.
Em seguida iniciou a sua atuação no segmento de Jet-Ski, pilotando jets “stand up”. retornando em 1988 ao Brasil, foi um dos pioneiros da modalidade, tanto na pilotagem, onde se sagrou campeão quanto na especialização em comercialização de peças e equipamentos de alta performance. O seu renome proveniente do Motocross contribuiu para a projeção das competições e modalidade Jet-Ski no país.
Foi a partir de sua união com o Irmão Marcos, engenheiro, pós graduado em marketing, que Scateninha estabeleceu a Skatena Sports, posteriormente trabalhando na distribuição dos pistões Wiseco de alumínio forjado de alta performance para Jet-ski, entre outros tantos produtos e marcas. Scateninha vislumbrou novamente a oportunidade de retornar ao mercado e especializar-se nos tratos do “coração” do motor. Ele estabeleceu padrões de serviços e vendas do setor no Brasil nunca antes alcançado.
Atualmente Scateninha, com a sua verdadeira“paixão por performance”, segue ativo e com muitos planos e esperanças para com o mercado de motociclismo. Ele sabe da importância de um patrocínio esportivo e está ao lado de vários jovens pilotos da categoria CrF230F: Nivaldo Vianna e rodrygo Silva (MotoCross), Almir (rei do Enduro) e Sabrina no SuperMotard paulista. Eles utilizam seus “Super Kits Skt Great Performances” de aumento de cilindrada e produtos afins.
Como se vê, a história do motocross nacional se funde com a deste piloto paulista, defi nitivamente apaixonado pelo esporte, como todos nós. Fica aqui nossa homenagem da Pró Moto às realizações deste grande ícone do motociclismo nacional, Carlos “Skateninha” Ourique.